sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Nos dias de hoje

Minha terra já não tem mais palmeiras,
Os sabiás se foram, para longe... Nunca mais retornarão!
Hoje as buzinas gritam,
Os pássaros que aqui gorjeavam se calaram...

Nosso céu está sujo, as estrelas se ofuscaram.
É poluição demais.
As flores já não são as mesmas,
Tem muito plástico, pouco cheiro e nada de verdadeiro.
Nossos bosques estão tomados pela violência...
Nossa vida tomada pelo medo.

O prazer está no ter e não no ser.
Minha terra tem egoísmo, pobreza,
Desigualdade!
Na minha terra o sabiá não canta,
Os seres gritam,
De pavor!

Minha terra tem temores,
Guerra,
Matança em massa.
Não há como ficar aliviado à noite.
Minha terra tem bandidos,
Que nem só roubam,
Matam também!

A fé está conosco,
Já os seres estão contra os seres...
Não há como desfrutar tranquilamente da vida neste mundo.
Já quase não avisto mais esperança,
Assim como o sabiá que se foi,
Os seres também se irão,
Autodestruição!

Para refletir,
Rubens Staloch*

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